Quais são os direitos do trabalhador demitido sem justa causa com menos de um ano de contrato?

Quais são os direitos do trabalhador demitido sem justa causa com menos de um ano de contrato?
Por Redação Para Viver Bem

Os direitos do trabalhador demitido sem justa causa com menos de um ano de contrato geram muita dúvida, porque muitos acreditam que, por ter pouco tempo de casa, quase não têm o que receber.

Este guia é destinado a funcionários que foram demitidos antes de completar 12 meses na empresa e precisam entender exatamente o que têm direito a receber. Também serve para quem quer se informar sobre seus direitos trabalhistas antes que uma eventual demissão aconteça.

Vamos explicar todos os direitos trabalhistas na demissão que você pode exigir, mesmo com pouco tempo de empresa. Você vai descobrir como funciona o FGTS para contratos com menos de um ano e se há direito ao saque da multa de 40%. Também vamos mostrar como calcular corretamente o 13º salário proporcional e as férias que você tem direito a receber.

Principais direitos do trabalhador demitido sem justa causa com menos de um ano de contrato

Direitos Fundamentais na Demissão Sem Justa Causa

Aviso prévio de 30 dias ou indenização equivalente

Quando você é demitido sem justa causa com menos de um ano de contrato, o aviso prévio de 30 dias continua sendo seu direito garantido. Não importa se você trabalhou apenas dois meses ou onze meses – essa proteção existe desde o primeiro dia do contrato CLT.

A empresa pode escolher entre duas opções: liberar você imediatamente e pagar o valor rescisão contrato menos de um ano correspondente aos 30 dias, ou manter você trabalhando por mais um mês. Na prática, a maioria das empresas opta pelo pagamento da indenização para evitar possíveis conflitos no ambiente de trabalho.

O cálculo do aviso prévio indenizado é simples: divide-se seu salário por 30 e multiplica pelos dias que faltam para completar o mês. Se você ganha R$ 3.000 e foi demitido no dia 15, receberá R$ 1.500 referente aos 15 dias restantes, mais os R$ 3.000 do aviso prévio completo. Neste guia, você vai entender os direitos do trabalhador demitido sem justa causa com menos de um ano de contrato

Saldo de salário dos dias trabalhados no mês da demissão

O saldo de salário demissão sem justa causa representa um dos direitos mais básicos e imediatos. Você tem direito a receber proporcionalmente todos os dias que trabalhou no mês da demissão, incluindo domingos, feriados e descanso semanal remunerado.

Para calcular, a empresa deve considerar seu salário mensal dividido por 30 dias, multiplicado pela quantidade de dias trabalhados. Se você recebe R$ 2.400 mensais e trabalhou 20 dias no mês da demissão, o saldo será de R$ 1.600.

Esse valor deve incluir também:

  • Horas extras realizadas no período
  • Adicional noturno, se aplicável
  • Comissões e gratificações proporcionais
  • Adicional de periculosidade ou insalubridade

A empresa não pode descontar faltas injustificadas do mês anterior que já foram descontadas na folha de pagamento daquele período.

Férias vencidas com acréscimo de um terço constitucional

Mesmo trabalhando menos de um ano de empresa, você pode ter direito às férias vencidas se já completou 12 meses de trabalho em algum período. O período aquisitivo das férias começa a contar desde o primeiro dia de trabalho.

As férias vencidas são aquelas que você já tinha direito mas ainda não tirou. Por exemplo, se você começou a trabalhar em janeiro de 2023 e foi demitido em março de 2024, tem direito às férias referentes ao período de janeiro a dezembro de 2023, mesmo que não tenha tirado.

O valor inclui:

  • 30 dias de férias no valor do salário atual
  • Um terço constitucional (33,33% sobre o valor das férias)
  • Reflexos de horas extras habituais, se houver

Quando a empresa não concede férias no prazo legal (até 11 meses após o período aquisitivo), deve pagar em dobro. Essa regra se aplica independentemente do tempo de contrato.

Férias proporcionais ao período trabalhado

As férias proporcionais contrato menos de um ano representam um direito proporcional ao tempo trabalhado no período aquisitivo incompleto. Cada mês trabalhado gera direito a 2,5 dias de férias (30 dias ÷ 12 meses).

Se você trabalhou 8 meses, tem direito a 20 dias de férias proporcionais (8 × 2,5). Períodos superiores a 15 dias são considerados mês completo para fins de cálculo.

Meses Trabalhados Dias de Férias Proporcionais
1-2 meses 2,5 dias
3-4 meses 7,5 dias
5-6 meses 12,5 dias
7-8 meses 17,5 dias
9-10 meses 22,5 dias
11 meses 27,5 dias

O cálculo deve considerar o salário na data da demissão, acrescido do terço constitucional e eventuais médias de horas extras dos últimos 12 meses. Mesmo com pouco tempo de casa, esse direito não pode ser negado pela empresa.

Benefícios do FGTS para Contratos Inferiores a Um Ano

Benefícios do FGTS para Contratos Inferiores a Um Ano

Saque integral do Fundo de Garantia depositado

Quando você é demitido sem justa causa, mesmo com menos de um ano de contrato, tem direito ao saque integral de todos os valores depositados em sua conta do FGTS. Esse direito existe independentemente do tempo de serviço na empresa, seja você trabalhou apenas um mês ou onze meses.

O saldo disponível para saque inclui todos os depósitos mensais que a empresa fez durante o período trabalhado, calculados sobre 8% do seu salário bruto. Por exemplo, se você recebia R$ 2.000,00 mensais e trabalhou por 6 meses, sua empresa depositou R$ 160,00 mensalmente, totalizando R$ 960,00 em depósitos regulares.

Para realizar o saque, você precisa comparecer a uma agência da Caixa Econômica Federal com os seguintes documentos:

  • Carteira de trabalho original
  • Documento de identidade com foto
  • Termo de rescisão do contrato de trabalho (TRCT)
  • Comprovante de residência atualizado

O prazo para liberação do saque é imediato após a rescisão, desde que você tenha toda a documentação necessária. Você também pode optar pelo saque digital através do aplicativo FGTS, que facilita bastante o processo.

Multa de 40% sobre o valor total do FGTS

A multa de 40% do FGTS é um dos benefícios mais importantes para trabalhadores demitidos sem justa causa com menos de um ano de contrato. Essa multa incide sobre todo o saldo da conta vinculada, incluindo os depósitos feitos pela empresa atual e também valores de empregos anteriores, caso existam.

O cálculo da multa considera o valor total depositado na conta do FGTS até a data da rescisão. Mesmo que você tenha trabalhado apenas alguns meses, a multa se aplica sobre todo o montante acumulado. Por exemplo, se o saldo total da sua conta FGTS é de R$ 5.000,00 (incluindo depósitos de empregos anteriores), a multa será de R$ 2.000,00.

Importante destacar: a empresa é obrigada a depositar a multa de 40% na sua conta do FGTS até o primeiro dia útil após o término do contrato. Esse valor fica disponível para saque imediato junto com o saldo principal.

A multa de 40% do FGTS contrato menos de um ano segue as mesmas regras aplicadas a contratos de maior duração, não havendo qualquer redução ou limitação por conta do tempo de serviço inferior a 12 meses.

Como calcular o valor total disponível para saque

Para calcular corretamente o valor total que você pode sacar do FGTS após a demissão sem justa causa, você precisa considerar três componentes principais:

1. Saldo anterior: Valores de empregos anteriores que já estavam na sua conta

2. Depósitos da empresa atual: 8% do salário bruto multiplicado pelos meses trabalhados

3. Multa rescisória: 40% sobre o valor total (saldo anterior + depósitos atuais)

Vamos a um exemplo prático para esclarecer o cálculo:

Componente Valor Cálculo
Saldo anterior R$ 3.000,00 Empregos anteriores
Salário mensal R$ 2.500,00 Salário bruto
Meses trabalhados 8 meses Período na empresa
Depósitos atuais R$ 1.600,00 R$ 2.500 x 8% x 8 meses
Saldo total R$ 4.600,00 R$ 3.000 + R$ 1.600
Multa 40% R$ 1.840,00 R$ 4.600 x 40%
Total para saque R$ 6.440,00 Saldo + Multa

Você pode consultar seu saldo atualizado através do aplicativo FGTS, site da Caixa ou nas agências. O extrato mostra detalhadamente todos os depósitos mensais, facilitando a conferência dos valores. Lembre-se que o valor rescisão contrato menos de um ano inclui sempre essa multa de 40%, representando uma compensação significativa pela demissão sem justa causa.

Direito ao Seguro-Desemprego e Suas Limitações

Direito ao Seguro-Desemprego e Suas Limitações

Requisitos mínimos para receber o benefício

O seguro-desemprego é um benefício essencial que garante proteção ao trabalhador durante o período de desemprego involuntário. Para ter direito a este auxílio financeiro, o trabalhador demitido sem justa causa precisa atender a critérios específicos estabelecidos pela legislação trabalhista.

O primeiro requisito fundamental é ter trabalhado pelo período mínimo de 18 meses nos últimos 24 meses anteriores à demissão sem justa causa. Este período pode ser descontínuo, ou seja, não precisa ser em uma única empresa. O importante é somar os vínculos empregatícios formais que totalizem esse tempo mínimo.

Além disso, o trabalhador não pode ter renda própria suficiente para sua manutenção e de sua família. O benefício destina-se exclusivamente àqueles que se encontram em situação de necessidade econômica comprovada.

O trabalhador também deve estar inscrito como contribuinte da Previdência Social há pelo menos dois anos, demonstrando histórico de vínculos trabalhistas formais. Outro requisito importante é não estar recebendo nenhum benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto auxílio-acidente e pensão por morte.

Por que trabalhadores com menos de um ano podem não ter direito

Trabalhadores demitidos sem justa causa com menos de um ano de contrato frequentemente enfrentam a frustração de não conseguir acessar o seguro-desemprego. A principal barreira está no requisito dos 18 meses mínimos de trabalho formal.

Imagine um profissional que conseguiu seu primeiro emprego formal ou que ficou muito tempo desempregado. Mesmo sendo demitido sem justa causa após 10 meses de trabalho, ele não conseguirá acessar o benefício porque não completou o período mínimo exigido. Esta situação cria uma lacuna na proteção social, deixando justamente os trabalhadores mais vulneráveis sem amparo.

A legislação considera que o período de 18 meses demonstra uma vinculação mais consistente com o mercado de trabalho formal. O objetivo é garantir que o benefício seja destinado a trabalhadores que já possuem histórico laboral e que efetivamente contribuíram para o sistema por tempo suficiente.

Existe uma exceção para trabalhadores que estão solicitando o seguro-desemprego pela primeira vez. Nestes casos, o período mínimo pode ser reduzido para 12 meses de trabalho nos últimos 18 meses. Mesmo assim, muitos trabalhadores com contratos inferiores a um ano ficam desprotegidos.

Alternativas de proteção social disponíveis

Embora o trabalhador com menos de um ano possa não ter direito ao seguro-desemprego, existem outras formas de proteção social que podem oferecer suporte durante o período de desemprego.

O Auxílio Brasil (atual Bolsa Família) pode ser uma alternativa para famílias em situação de vulnerabilidade social. O programa tem critérios próprios de renda familiar per capita e pode oferecer apoio financeiro temporário enquanto o trabalhador busca nova colocação no mercado.

Muitos trabalhadores podem acessar programas de qualificação profissional gratuitos oferecidos pelo Sistema Nacional de Emprego (SINE), SENAI, SENAC e outras instituições. Estes programas não oferecem auxílio financeiro direto, mas podem acelerar a reinserção no mercado de trabalho com melhores qualificações.

O FGTS permanece como um direito garantido para todos os trabalhadores demitidos sem justa causa, independentemente do tempo de serviço. O valor pode não ser elevado para contratos curtos, mas representa uma reserva financeira importante para o período de transição.

Trabalhadores autônomos podem considerar a formalização através do MEI (Microempreendedor Individual), que oferece proteção previdenciária com baixo custo e pode servir como alternativa de renda durante a busca por novo emprego formal.

Organizações não governamentais e programas sociais municipais também podem oferecer apoio temporário, incluindo cestas básicas, orientação profissional e intermediação de emprego. A busca ativa por estas alternativas pode fazer diferença significativa no orçamento familiar durante o período de desemprego.

13º Salário Proporcional e Forma de Cálculo

13º Salário Proporcional e Forma de Cálculo

Base de cálculo por meses trabalhados

O 13º salário proporcional contrato menos de um ano segue uma regra bem específica na legislação trabalhista. Para funcionários demitidos sem justa causa com menos de um ano de contrato, o cálculo considera os meses completos trabalhados, sendo que períodos iguais ou superiores a 15 dias contam como mês integral.

A fórmula básica consiste em dividir o salário atual por 12 e multiplicar pelos meses trabalhados. Por exemplo, um trabalhador que ganha R$ 2.400,00 e trabalhou 8 meses completos terá direito a R$ 1.600,00 de 13º proporcional (2.400 ÷ 12 × 8 = 1.600).

Tempo Trabalhado Salário R$ 2.000 Valor do 13º Proporcional
3 meses R$ 2.000,00 R$ 500,00
6 meses R$ 2.000,00 R$ 1.000,00
9 meses R$ 2.000,00 R$ 1.500,00

Algumas situações especiais merecem atenção:

  • Períodos de afastamento por doença ou acidente de trabalho contam para o cálculo
  • Faltas justificadas não prejudicam a contagem dos dias
  • Aumento salarial durante o período deve ser considerado na base de cálculo final

Como solicitar o pagamento correto

Conferir os cálculos rescisórios é fundamental para garantir que todos os direitos trabalhador demitido sem justa causa menos de um ano de contrato sejam respeitados. O primeiro passo consiste em verificar se a empresa considerou corretamente todos os meses trabalhados na base de cálculo.

Durante a rescisão, você deve:

  • Solicitar detalhamento por escrito de todos os cálculos realizados
  • Verificar se foram incluídas todas as horas extras, comissões e adicionais na base de cálculo
  • Confirmar se os períodos trabalhados foram contabilizados corretamente
  • Anotar qualquer divergência encontrada nos valores apresentados

Caso identifique inconsistências, procure o setor de recursos humanos da empresa para esclarecimentos. Se a empresa se recusar a corrigir os valores ou não fornecer explicações satisfatórias, você pode buscar orientação no sindicato da categoria ou procurar assistência jurídica especializada.

A documentação completa do período trabalhado é essencial nesse processo. Mantenha sempre em mãos:

  • Contracheques de todos os meses trabalhados
  • Carteira de trabalho com as anotações corretas
  • Comprovantes de depósito do FGTS
  • Registro de ponto ou comprovantes de frequência

Prazo legal para recebimento do valor

O 13º salário proporcional faz parte das verbas rescisórias que devem ser pagas dentro de prazos específicos estabelecidos pela legislação trabalhista. Para demissões sem justa causa, a empresa tem até 10 dias corridos após o término do contrato para quitar todas as verbas devidas.

Este prazo inclui não apenas o 13º proporcional, mas também:

  • Saldo de salário dos dias trabalhados
  • Férias proporcionais com adicional de 1/3
  • Aviso prévio indenizado
  • Multa de 40% sobre o FGTS depositado

O descumprimento desse prazo gera consequências para o empregador. A empresa fica obrigada a pagar multa equivalente ao salário do trabalhador, valor que deve ser acrescido às verbas rescisórias. Além disso, os valores em atraso são corrigidos monetariamente desde a data que deveriam ter sido pagos.

Para trabalhadores com contrato CLT menos de um ano, é importante saber que o prazo não se altera em função do tempo de serviço. A regra dos 10 dias vale independentemente de o funcionário ter trabalhado 2 meses ou 11 meses na empresa.

Se o prazo não for cumprido, você pode:

  • Procurar a empresa para cobrança amigável
  • Registrar reclamação no Ministério do Trabalho
  • Ajuizar ação trabalhista para cobrança dos valores com juros e correção
  • Solicitar intervenção do sindicato da categoria profissional

Prazos Legais para Pagamento das Verbas Rescisórias

Prazos Legais para Pagamento das Verbas Rescisórias

Limite de 10 dias corridos após a demissão

A empresa tem prazo máximo de 10 dias corridos para quitar todas as verbas rescisórias após o desligamento do funcionário. Esse prazo vale independentemente do tempo de contrato, seja você um trabalhador demitido sem justa causa com menos de um ano ou com mais tempo de empresa.

O pagamento deve incluir todas as verbas devidas: saldo de salário, aviso prévio indenizado, férias proporcionais com adicional de 1/3, 13º salário proporcional, além da liberação do FGTS com a multa de 40%. A contagem dos dias começa no dia seguinte ao último dia trabalhado.

Quando o último dia útil do prazo cair em final de semana ou feriado, o pagamento pode ser feito no primeiro dia útil seguinte. Mas atenção: isso não significa que a empresa pode empurrar o pagamento indefinidamente.

Multa por atraso no pagamento

Se a empresa não cumprir o prazo de 10 dias para o pagamento das verbas rescisórias, ela fica sujeita a multa equivalente ao salário do trabalhador. Essa multa é adicional a todos os valores já devidos pela rescisão.

A multa é calculada sobre o valor do último salário recebido pelo empregado. Por exemplo: se você recebia R$ 2.000 por mês, a empresa deverá pagar mais R$ 2.000 de multa pelo atraso, além de todas as verbas rescisórias pendentes.

Essa penalidade existe justamente para proteger o trabalhador e garantir que as empresas cumpram seus deveres trabalhistas no prazo correto. Muitas vezes, os empregados não conhecem esse direito e acabam não cobrando a multa quando há atraso no pagamento.

Situação Consequência
Pagamento até 10 dias Sem multa
Atraso de 1 a 30 dias Multa de 1 salário
Atraso superior a 30 dias Multa de 1 salário + correção monetária

Documentos obrigatórios na rescisão contratual

Durante o acerto das contas da demissão sem justa causa, a empresa deve fornecer diversos documentos essenciais. O principal é o Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT), que detalha todos os cálculos das verbas rescisórias.

A Carteira de Trabalho deve ser devolvida com as anotações atualizadas, incluindo a data de saída e o motivo do desligamento. Para trabalhadores com contrato CLT menos de um ano, esses registros são especialmente importantes para futuras oportunidades de emprego.

Outros documentos obrigatórios incluem:

  • Chaves de conectividade social: para movimentação da conta do FGTS
  • Guias do seguro-desemprego: quando aplicável
  • Comunicado de Dispensa (CD): documento que formaliza o desligamento
  • Extrato analítico do FGTS: demonstrativo dos depósitos realizados
  • Comprovante de recolhimento das contribuições previdenciárias

A empresa também deve fornecer o Atestado de Saúde Ocupacional Demissional (ASO), que comprova o estado de saúde do trabalhador no momento da saída.

Onde buscar ajuda em caso de descumprimento

Quando a empresa não cumpre os prazos ou não paga as verbas rescisórias corretamente, o trabalhador tem várias opções para buscar seus direitos. O primeiro passo é procurar o Ministério Público do Trabalho ou a Superintendência Regional do Trabalho para registrar uma denúncia.

O sindicato da categoria também é um importante aliado. Muitos sindicatos oferecem orientação jurídica gratuita e podem intermediar negociações com a empresa para resolver a questão sem necessidade de processo judicial.

A Justiça do Trabalho é outra alternativa. Trabalhadores podem ingressar com ação trabalhista para cobrar as verbas não pagas, incluindo a multa por atraso. Em muitos casos, não é necessário contratar advogado, pois o próprio trabalhador pode se representar.

Para contratos com menos de um ano, é especialmente importante agir rapidamente, pois alguns prazos prescricionais são mais curtos. A orientação profissional ajuda a garantir que todos os direitos sejam preservados e cobrados adequadamente.

Os Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) também podem oferecer orientação básica sobre direitos trabalhistas, especialmente em cidades menores onde outros recursos podem ser mais limitados.

conclusion

Mesmo trabalhando por menos de um ano, você não fica desamparado quando é demitido sem justa causa. Seus principais direitos incluem o FGTS com multa de 40%, férias proporcionais acrescidas de um terço, 13º salário proporcional e o aviso prévio. Embora o seguro-desemprego tenha suas limitações para contratos mais curtos, outros benefícios permanecem garantidos por lei. Estes são os principais direitos do trabalhador demitido sem justa causa com menos de 1 ano de contrato.

Não deixe que a empresa atrase ou desconte indevidamente suas verbas rescisórias – você tem até 10 dias corridos para receber tudo que lhe é devido. Conhecer seus direitos é o primeiro passo para evitar prejuízos e garantir que a rescisão seja feita corretamente. Se tiver dúvidas sobre os valores ou prazos, procure o sindicato da categoria ou um advogado trabalhista para orientação.

Para mais informações sobre os seus direitos, consulte o site Portal dos advogados.

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